domingo, 20 de setembro de 2009

Uma Breve História da Computação Gráfica (Parte Final)

Finalmente chegamos na década de 90! A busca pelo realismo iniciada no fim da década de 80 continua. Muitas das grandes produções cinematográficas exigiram a criação de novas técnicas e possibilitaram o aprimoramento das já existentes, transformando filmes como "O Exterminador do Futuro 2", de 1992, "Jurassic Park", de 1993 e "O Máscara", de 1994, em obras-primas da computação gráfica. Abaixo o leitor pode verificar os trailers do Exterminador do Futuro 2 (a partir da metade aparecem vários efeitos especiais) e do Máscara.





Em 1992, foi lançado o OpenGL pela Silicon Graphics, uma API gráfica padrão de código aberto. Em 1994 saiu o primeiro seriado pra TV animado por computador, denominado "ReBoot". No ano seguinte, o primeiro longa-metragem totalmente produzido no computador chegou aos cinemas, o clássico "Toy Story". A partir de então, várias outras animações geradas no computador foram criadas, assim como outras grandes produções, incluindo a famosa cena do Neo desviando das balas em "Matrix", de 1999. Abaixo o leitor confere os trailers de Toy Story e do Matrix (diversos efeitos especiais no trailer inteiro, cena das balas a partir de 2:15).





Na década seguinte, com técnicas muito avançadas já desenvolvidas, deseja-se atingir o foto-realismo. Assim, foi feita uma primeira tentativa de produzir um filme completamente gerado no computador com o objetivo de parecer real em 2001, "Final Fantasy: The Spirits Within". Apesar das críticas em relação à história, a CG do filme é de primeira. Em 2002, o filme "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres" introduziu Gollum, um personagem gerado no computador que parece extremamente real, fazendo os espectadores se esquecerem de que se trata de um ser virtual. Em 2007 é realizada outra tentativa de fazer um filme totalmente gerado por CG com o objetivo de parecer real, "Beowulf". Coloquei abaixo o trailer do Beowulf, pois o realismo impressiona.



Nesse meio tempo, em 2003, os filmes "Matrix Reloaded" e "Matrix Revolutions" introduziram atores virtuais para atuarem em cenas que seriam impossíveis para os atores de carne e osso. No entanto, os atores virtuais criados são tão realistas que a maioria dos espectadores nem sequer imagina que os mesmos não são de verdade. O leitor pode ver na figura abaixo as várias faces do agente Smith criadas por computador. Levanta-se, então, o questionamento se um dia os atores virtuais substituirão os de verdade.


As várias faces do agente Smith geradas por CG


Enquanto isso, no Japão, as tecnologias de computação gráfica são utilizadas para aprimorar a aparência dos desenhos animados. Em 2002, o anime chamado "Mobile Suit Gundam Seed" utilizou um tipo de renderização conhecida como Cel Shading, cujo resultado aparenta ser um desenho. Abaixo está o Infinite Justice, renderizado com esse recurso.


Modelo tridimensional do Infinite Justice renderizado com o Cel Shader de modo a parecer um desenho


Outra aplicação da CG são os jogos. Atualmente uma grande parte dos jogos é produzida com a intenção de que o resultado seja extremamente realista. Junto com a indústria cinematográfica, os jogos são responsáveis pelo incrível avanço tecnológico que a CG tem passado. O leitor confere abaixo um screenshot tirado do jogo Crysis.


Screenshot do jogo Crysis


E para finalizar, um pouco de arte digital da última década. Diversos recursos de CG são utilizados nessas obras, como fractais, sinais de ruídos ou gráficos de ondas de músicas. Um algoritmo utilizado para fazer um tipo de arte bastante interessante é o Line Art. Pontos são distribuídos ao longo dos objetos a serem renderizados, uma direção de traçado é escolhida e fórmulas matemáticas são aplicadas. Coloquei abaixo alguns exemplos de arte digital.


Pintura digital por Will Murai


Obra de Dennis Miller usando sinais de ruído


Line Art


Muito bem, caro leitor. É só isso. Espero que tenha gostado e até a próxima!

Links interessantes:
The Matrix Virtual Humans
Pseudo-realismo: a computação gráfica e o desafio do ator digital no cinema
Final Fantasy: The Spirits Within: A Case Study
Motion Capture
Cel Shading
Will Murai

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Hitler bombou cálculo I

Quem já teve aula com a Profa. Ires Dias ou com a Profa. Janete Crema sabe que elas bombaram Cálculo I e nem por isso abandonaram a faculdade. Reprovar cálculo I não está nos planos de quem ingressa na faculdade mas é uma realidade bem comum entre os USPianos de São Carlos.

Já houve os que montaram a chamada lista dos "cavaleiros do ICMC", e nela com certeza estariam nomes como Maria do Carmo, Cláudio Mendes, Valdir Menegatto entre outros.

Reprovar cálculo I não foi o fim do mundo para a Ires ou a Janete mas foi para Hitler. Confira com exclusividade a reação de Hitler ao saber a sua nota da P3.



Créditos do vídeo ByDarkSide

Observação: Como os alunos da Computação reclamam de "barriga cheia". Peron ? Pedro Rios ? Esses caras aí não entrariam nunca na lista dos cavaleiros do ICMC. Mas de fato, XUPA FEDERAL porque é muito coxa !

 
Gabriel Dias Pais

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